CONCEITOS SOBRE AS PALAVRAS:
GEHENA, TÁRTARO, SHEOL, HADES, QÉVER, TOFETE, TÁFOS, MNEMEION, ALMA, ESPIRITO, CORPO E RESSURREIÇÃO.
Diante dos chamados intelectuais da bíblia, muita idéia relacionada a estas palavras tem dado a entender um lugar de desespero e tormento eterno e isto, logo após a morte. Se os injustos vão para um lugar de sofrimento, e os justos para um lugar de delicias ou prazer, que necessidade haverá para um julgamento no futuro, ou de uma ressurreição ou uma segunda vinda de Cristo? Se o juízo ocorre por ocasião da morte, e o homem entra logo no gozo de sua recompensa, então a recompensa precede o julgamento final. Portanto é um absurdo tal idéia, sabendo que os homens depois de haver estado na bem-aventurança ou em tormentos durante séculos serão ressuscitados para serem julgados segundo as suas obras, o que tiver feito por meio do corpo. (MT. 16:27; IICor. 5:10; Apc. 22:12).
GEHENA: (forma grega do hebraico: Geh. Hin. Nóm Vale de Hinom). Este nome aparece 12 vezes no Novo Testamento. (MT.5: 22,29,30; 10:28; 18:9; 23:15,33; Marcos 9:43, 45, 47; Lc. 12:5; Tg 3:6) embora muitas traduções vertam a palavra por “inferno”, diversas traduções modernas transliteram a palavra grega Ge-em-na. MT. 5:22.
Obs. Gehena: lit. um estreito e profundo vale de Hinom, mais tarde ficou conhecido por este nome grego, ficava ao ocidente e ao sul de Jerusalém, com aproximadamente dois Km e meio. Teatro do culto idolatra, que compreendia o sacrifício de crianças, conforme os ritos de Moloque.(IRs. 11:7; IIRs. 16:3)
A Geena com significado escatológico tem relação com o castigo dos ímpios. Os quais são usados em aplicação ao inferno de fogo escatológico, que é identificado com o lago de fogo. (Apoc. 20:14,15)
Embora Geena sendo uma palavra grega, não aparece na Septuaginta. O seu correspondente no Velho Testamento é Hinom, também chamado de “Vale dos Filhos ou Filho de Hinom” (Js. 15:8, e mais passagens bíblicas paralelas: Js. 18:16; Jr. 32:35; IICron. 33:6 )
Neste vale eram sacrificadas crianças em ritual pagão, num altar chamado Tofete, que significa “altar”. (Jr. 7:31). Aqui alguns reis de Israel sacrificaram ídolos, e dentre eles Salomão. Mas o rei Josias fez uma nova devassa no local fazendo dele um local de lixo: “também profanou a Tofete, que esta no vale dos filhos de Hinom; para que ninguém fizesse passar a seu filho ou sua filha, pelo fogo de Moloque. (IIRs. 23:10,13).
Desde os dias de Josias este lugar foi transformado num deposito de lixo, onde o fogo ardia continuamente, devido a quantidade de enxofre ali jogado, aumentando a intensidade do calor, era o único meio pelo qual se eliminava tal refugo. Onde o fogo não alcançava, proliferavam vermes ou gusanos, consumindo tudo o que não fora destruído pelo fogo. Desta forma a palavra de Jesus mostrou o efeito destrutivo do julgamento de Deus, não cessaria até ter alcançado destruição total. Portanto esse lugar refere-se à futura destruição dos ímpios no lugar chamado “Lago de Fogo e Enxofre”. (MT. 5:22, 29, 30, Apoc. 20:14, 15 e ref.)
É vidente que Jesus usou a palavra Geena, como ilustração da destruição total dos ímpios, não sendo assim possível uma ressurreição para a vida. (Is. 26:14) mas a morte (2ª morte) destruição. ( Is. 66:24; Rm.9:21; Mq. 9:21; Apoc. 20:14; MT.10:28; Lc. 12:4, 5; Salmos 145: 20)
Os escribas e os fariseus, como ímpios que eram, foram apresentados como objetos para Geena. (MT. 23:13-15,33). Para evitar tal destruição os santos devem livrar-se de tudo que cause tropeço espiritual, tendo uma representação figurada: o arrancar da mão, do pé e do olho, figurando a morte do corpo quanto ao pecado.( MT. 18:19; Mr. 9:43-47; Rm. 6:4-8, 12, 13; Cl. 3:5,6; Rm. 6:23; II Pd. 2:3.)
O uso da palavra Geena por Tiago (Tg. 3:6) mostra que a língua indisciplinada por si só é um mundo de injustiça e que toda a vida da pessoa pode ser afetada por palavras ardentes que destrói o corpo de quem fala. A língua de tal “cheia de veneno mortífero”, e evidenciando assim uma condição má do coração, pode resultar em ser aquele que a usa lançado por Deus na Geena (Lago de Fogo). Apc. 20:14,15
Grego: Tártaro (II Ped.2:4)
Condição semelhante à de prisão...
Esta palavra ocorre uma vez só nas Escrituras.
O apostolo escreve: “Ora, se Deus não poupou os anjos que pecaram, antes, precipitando-os no Tártaro (traduzido por inferno) os entregou a abismo de trevas, reservando-os para o juízo”.
Um texto paralelo em Judas 6. “...e os anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicilio, Ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia”.
Analisando estes textos, se torna evidente que tártaro é uma condição em vez de um lugar especifico, uma vez que Pedro fala desses espíritos desobedientes como estando em covas de profunda escuridão, ao passo que Paulo os menciona como estando em “lugares celestiais”, a partir de onde eles exercem um domínio de escuridão, com forças espirituais. (II Pd. 2:4; Exd. 6:10-12)) a densas trevas não significa um falta literal de luz, mas resulta no afastamento da luz de Deus, como réu (condenado) expulso da família de Deus, tendo apenas a expectação horrível quanto ao seu destino eterno.
Portanto, Tártaro não é a mesma coisa que o termo hebraico Sheol ou grego Hades, os quais se referem a sepultura comum em geral (ou cemitério).
Semelhantemente, a condição desprezível que é representada pela palavra Tártaro não deve ser confundida com o “abismo” em que satanás e seus demônios serão por fim lançados durante os mil anos do reinado de Cristo, pois vemos em Lc. 8:26-31, os demônios suplicando que não mandassem para o abismo. Gr. Abyssos.
Portanto a total degradação, representada pelo Tártaro e precursor da situação (condição) em que satanás e seus demônios sofrerão antes do inicio do reinado milenar de Jesus Cristo.
Obs. A palavra Tártaro também é empregada na mitologia pagã. Na Iliade, de Homero representa-se a este mitológico tártaro com prisão subterrânea tão abaixo do hades, quanto a Terra é do Céu. Nele eram aprisionados os deuses inferiores, Cronos e outros espíritos titãs. Como vimos Tártaro não é lugar para almas humanas, e sim para seres espirituais.
Obs. O Sr. Esequias Soares, diz em seu livro: comentário Exegético e explicativo: “Esses anjos são mais terríveis que todos os demais demônios”. É por isso que Deus não permitiu que eles ficassem soltos. Eles serão libertos, por um pouco de tempo durante a grande tribulação, para atormentarem os moradores da Terra. (Apc. 9:2-4). Portanto analisando a pagina 3, notamos a incoerência desta teoria infundada, pois satanás e seus anjos irão para o abismo. Apc. 20:3
Heb: = Qé.ver = Sepulcro, cova, buraco.
Gn. 35:20; Gn. 49:29-33, aqui fala de Jacó sendo reunido as seu povo no qéver. Outras passagens onde aparece palavra qéver. (Gn. 50:5; I RS. 13:30; Jô 21:23) portanto a palavra qever, refere-se a uma sepultura ou um sepulcro individual. (Gn. 23:4, 6, 9 e 20) versículo 4 mostra que a posse de uma sepultura familiar era um fato de grande importância, por que assegurava um lugar de descanso junto aos antepassados. (I RS. 13:22; Atos 7:16)
Gr.: Mne.meion = Mnemeiou = Tumulo, monumento memorial. (MT. 23:29; 27:52; Mr. 5:2; 6:29; 15:46; 16:2, 3, 5, 8; Lc. 11:44; 24:2, 9, 12; Jo 11:17, 38; 20:1-4, 6, 8, 11; Atos 13:29)
Gr.: τάφος = táfos = Sepultura, Sepulcro, tumba. (1ª – Fig.MT. 23:27, 29; 27:61, 64, 66; 28:1) (2ª – Fig. Rm. 3:13)
Em grego, a palavra comum para sepultura ou sepulcro é Tá.fos (Mt. 28:1), e a forma verbal thápto significa “enterrar”ou “sepultar”. Mt. 8:21,22.
A palavra mnema (Lc. 23:53) refere-se a tumulo e a palavra mnemeion (Lc. 23:55), a um tumulo memorial.
Visto que essas palavras hebraicas e gregas se referem a uma sepultura individual, elas são frequentemente usadas no plural com referencias a muitas de tais sepulturas. Portanto diferem da palavra hebraica sheol e de sua equivalente hades, que se referem a sepultura comum em geral, ou ao domínio da sepultura, é por isso que sempre são usadas no singular. Por esse motivo, muitas traduções modernas não seguiram o costume de outras traduções em português, tais como a versão Almeida, Revista e Corrigida; nas quais sheol e hades são variada mente traduzida por “inferno”, “sepultura” habitação dos mortos. No entanto, visto que a entrada no sheol é representada como ocorrendo pelo sepultamento numa cova individual ou num lugar de sepultamento, as palavras referentes a tais lugares de sepultamento são usadas como termos paralelos, embora não equivalente ao sheol, (mas sim a palavra heb. Qéver). ( Jô 17:1; 17:13-16; 21:13, 32, 33; Salmos 88:3-12)
Em Romanos 3:13, o apostolo Paulo cita o Salmo 5:9, comparando a garganta dos homens ímpios a um (sepulcro aberto fig.). assim como o sepulcro aberto é para ser enchido com mortos e com corrupção, a garganta deles abre-se com conversa mortífera e corrupta. (Mt. 15:18-20).
Era costume caiar os sepulcros para que as pessoas não tocassem nelas acidentalmente e ficassem impuras. O s túmulos perto de Jerusalém eram caiadas um mês antes da Páscoa, para impedir que alguém se tornasse impuro, nesse período especial de adoração, por acidentalmente tocar numa sepultura. (Num.19:16) Jesus usou esse costume como base para ilustrar como os escribas e fariseus aparentemente pareciam justos, mas por dentro estavam cheios de hipocrisia e transgressão. (Mt. 23:27,28).
Embora a sepultura seja comparada a uma cova, da qual o homem deseja ficar longe, Jô traz a atenção o desespero daquelas pessoas sofredoras que, por falta de uma clara esperança ou entendimento dos propósitos de Deus, procuram a morte e até chegam a se regozijar por ter achado uma sepultura. (Jó. 3:20-22). Tal atitude contrasta nitidamente com aquela dos homens que devotaram sua vida a serviço do Criador e que confiantemente aceitaram a promessa duma ressurreição. (Salmos 16:9-11; Atos 24:15; Fil. 1:21-26; II TIM. 4:6-8; Hb. 11:17-19)
Heb: = Sheol = Região dos mortos, mundo invisível, (ou cemitério).
Sepultura em geral da humanidade, o domínio da sepultura; não um lugar de sepultamento em especifico (heb. Qéver) Jz. 16:31; qevurah, Gn. 35:20, nem a um tumulo individual. (heb. Gadhish; Jô 21:32).
Embora se tenha oferecido diversas derivações da palavra hebraica she’ohl, pelo visto, ela deriva do verbo hebraico sha’al, que significa “pedir; solicitar”. Samuel Peake, em A Compendio us Hebrew Lexicon (Léxico Compendioso do Hebraico), declara que é a região dos mortos; chamado assim por causa da insaciabilidade da sepultura, a qual como que sempre pede ou quer mais. (Cambridge, 1811, pg. 148) Isto indica que o Seol é o lugar (não uma condição) que pede ou exige todos sem distinção, porque recebe em si todos os mortos. (Gn. 37:35; PV. 30:15, 16)
A palavra hebraica she’ohl ocorre 65 vezes no texto massorético. Na versão Almeida, revista e corrigida, é traduzida 28 vezes por “inferno”, 27 vezes por “sepultura”, 5 vezes por “sepulcro”, 2 vezes é deixada “Seol” e uma vez cada é vertida “terra”, “mundo invisível” e “enterrado”. A versão católica de Matos Soares verte a palavra 34 vezes por “inferno” 11 vezes por “habitação dos mortos”, 11 vezes por “sepulcro”, 4 vezes por “sepultura”, 2 vezes por “Sheol” e uma vez cada por “abismo”, “morte” e “perigo exiciais”. Alem disso, em Isaias 7:11, o texto hebraico originalmente rezava she’ohl, e foi traduzido “hades” nas antigas versões gregas de Áquila, Simaco e Teodocio, e como “terra” na versão de Maros Soares.
Não há nenhuma palavra portuguesa que transmita o sentido exato da palavra she’ohl. Comentando o uso da palavra “inferno” na tradução da Bíblia, Collier’s Encyclopedia (Enciclopédia da Collier, 1986, Vol. 11, pg. 276) observou: “Sheol estava localizado em alguma parte debaixo da terra... a condição dos mortos não era de dor nem de prazer. Nem a recompensa para os justos nem o castigo para os ímpios estavam relacionados com seol. Tanto os bons como os maus, tiranos ou santos, reis e órfãos, israelitas e gentios, todos dormiam juntos sem estarem cônscios uns dos outros”.
Ao passo que, em séculos posteriores, o ensino grego da imortalidade da alma humana se infiltrou no pensamento religioso judaico, o registro bíblico mostra que Seol se refere a sepultura, como lugar onde não existe estado consciente. (Ecl. 9:4-6, 10) Os que estão no Seol não louvam a Deus, nem o mencionam. (Salmos 6:4, 5; Is. 38:17-19) No entanto, não se pode dizer que simplesmente represente a condição de se estar separado de Deus, na realidade nada pode ser escondido dos olhos divinos. (PV. 15:11; Salmos 139:7, 8; AM. 9:1,2) Por esse motivo, Jô, ansiando ser liberto do sofrimento, orou para que pudesse ir ao Seol e mais tarde lembrado por Deus, e ser chamado para sair do Seol. (Jô 14:12-15)
Em todas as Escrituras inspiradas, Seol continuamente é associada com a morte, não com vida. (I SM. 2:6; II SM. 22:6; Salmos 18:4, 5; 49:7-10, 14, 15; 88:2-6; 89:48; Is. 28:15-18; compare também Salmos 116:3, 7-10, com II Cor. 4:13, 14) Ele é chamado de “a terra de escuridão” (Jô 10:21) e de lugar de silencio (Sal. 115:17) Pelo Visto, Abel foi o primeiro a ir para o Seol, e desde então incontáveis milhões de mortos se juntaram a ele no pó da terra.
No dia de Pentecoste, o apostolo Pedro citou Salmo 16:10 e o aplicou a Cristo Jesus, ...Nem permitiras que o teu Santo veja a corrupção. ( a corrupção é u,a expressão idiomática do hebraico que equivale a experimentar a morte e a conseqüente corrupção do cadáver no sepulcro. Em atos 2:27 e 13:35, essas palavras são interpretadas como anuncio profético da ressurreição de Jesus Cristo. Lucas citando as palavras de Pedro, usou a palavra grega haí’des, mostrando com isso que Seol e Hades se referem a mesma coisa, a sepultura. (At. 2:25 – 27, 29:32) depois do reinado milenar de Jesus Cristo, tanto o Seol, quanto o Hades, será esvaziado e destruído pela ressurreição de todos os que estiverem nele.(Apoc. 20:13,14)
Uma outra passagem importante é a comparação que Jesus fez, a respeito da estada de Jonas no ventre do peixe ao que aconteceria com ele mesmo, dizendo “porque, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará também o filho do homem três dias e três noites no coração da terra.” (Mt. 12:40) Embora Jesus não usasse ali a palavra Seol (Hades), o apostolo Pedro usou a palavra “Hades” ao se referir a morte e a ressurreição do Senhor Jesus. At. 2:27
Alma = (nephesh) = (psyche)
Fundamentos históricos. Herança grega:
O fim do segundo século vê expandir-se o helenismo cristão em Alexandria. Assim é que Alexandria se prepara a desempenhar, no fim do segundo século e no inicio do terceiro, um papel importante na historia da igreja. Nela é que o cristianismo, vindo de um meio semítico, há de acabar por fazer sua educação grega ao mesmo tempo que o helenismo acabara por fazer sua educação cristã, como Roma é seu pólo doutrinário. Isso se verifica num duplo domínio. Por um lado, no nível cristão ordinário vemos os costumes cristãos, herdados da igreja primitiva, se libertarem de sua expressão judaica e assumirem o melhor do humanismo helenístico. Alem disso, no nível da cultura, é em Alexandria que o cristianismo assume a herança retórica e da filosofia antiga, elaborando assim aquele helenismo cristão que se constituiria em milagre da historia humana.
A característica essencial da corrente Alexandrina é a aliança do evangelho com a cultura grega. Se o cristianismo se expande no mundo grego, deve se despojar de sua forma semítica, para revestir uma forma helenística. Deve falar a língua de Platão e Homero; deve assumir as atitudes de Hermes e Ulisses.
A fim de fazer uma apreciação da psicologia paulina, precisamos ter em mente os elementos principais nos conceitos grego e hebraico de homem. Um dos pensadores mais influentes, para a historia subseqüente da filosofia grega, foi Platão. Ele afirmava um dualismo de dois mundos, noumenal e o fenomenal, e um dualismo antropológico de corpo e alma. O corpo não é de todo mau, mas é um peso e um estorvo para a alma. O sábio cultiva a alma de modo que ela possa se elevar acima do corpo, e na morte, se libertar do corpo e escapar para o mundo superior. Nos tempos helenísticos, o corpo, pertence ao mundo da matéria, era tido como mau isso fato pelos gnósticos. Stacey assinalou que as maiorias dos filósofos da Grécia seguiam Platão, nessa visão do corpo e da alma, e que isto estava tão impresso no mundo civilizado que “ninguém pode discutir a relação do corpo com a alma hoje sem se deparar com a visão platônica”.
A visão platônica é bem diferente da grega. Nela não há nenhum traço de dualismo. A palavra hebraica que designa o corpo ocorre apenas quatorze vezes no Velho Testamento e nunca esta em contraste com a alma (nephesh). Mais freqüentemente, a palavra que designa carne (basar) é usada para designar o corpo (23vezes).esta palavra contem, basicamente, um significado físico. Um uso significativo é “carne”, como um símbolo da fragilidade humana em relação a Deus. Basar aparece como algo que os homens e os animais possuem, em sua fraqueza, que Deus não possui. “O meu espírito não permanecerá para sempre com o homem, porquanto ele é carne” (Gn. 6:3). Ora, os egípcios são homens, e não Deus; e os seus cavalos, carne, e não espírito (Is.31:3). Basar refere-se aos seres humanos aos seres humanos em sua fragilidade e transição, ao homem em suas limitações, como distinto de Deus infinito.
A alma (nephesh) não é uma parte superior do homem e que esta acima e contra seu corpo, mas designa a vitalidade ou principio de vida no homem. Deus soprou, nas narinas do homem, o fôlego de vida, e o homem tornou-se uma nephesh vivente (Gn.2:7). O corpo e o sopro divino juntos fazem a nephesh vital, ativa. A palavra é então, estendida do principio vital, para incluir os sentimentos, paixões, vontade, e até a mentalidade do homem. Ela, então, passa a ser usada como sintonia do próprio homem. As famílias eram numeradas como “tantas almas” (Gn. 12:5; 46:27). Vida incorpórea, para a nephesh, não é visualizada. A morte angustiava tanto a nephesh (Nm. 23:10) como o corpo.
Psyché. O uso paulino de psyché é mais próximo ao do Velho Testamento do que da literatura intertestamentária. Paulo nunca usa psyché como uma entidade separada no homem, nem ao menos insinua que a psyché possa sobreviver a morte do corpo. Psyché é a vida entendida sob fundamentação hebraica. Em Romanos 11:3, Paulo cita a passagem do Velho Testamento onde Elias reclama que procuram tirar a minha psychê. Psychê aqui é claramente a sua vida. Quando epafrodito arriscou sua alma por Paulo, ele quase morreu (Fl. 2:30). Quando Áquila e Priscila arriscaram seu pescoço pela psychê de Paulo, eles quase perderam suas vidas, em beneficio dele.
Há um ou dois exemplos onde psychê, como no uso do Velho Testamento, é usada referindo-se a uma pessoa individual. “a alma de todo homem que pratica o mal” (Rm. 2:9) é corretamente traduzido, pela RSV, (Revised Standard Version) como “todo ser humano que pratica o mal”. Quando “toda alma” é exortada a ser sujeita as autoridades governamentais, Paulo obviamente se refere a “toda pessoa” (Rm. 13:1 RSV).
O desejo de Paulo de partilhar com os tessalonicenses não apenas o evangelho, mas também sua própria alma (I Tess. 2:8) sugere mais do que uma vontade de morrer por eles: significa uma participação de todo o seu ser. Fazer a vontade de Deus de coração (Ef. 6:6 épsychê) significa servir a Deus com toda a sua personalidade. Paulo nunca fala da salvação da alma, nem há nenhuma insinuação da preexistência da alma. Psychê é o estado especificadamente de estar vivo, que é inerente ao homem como um eu que luta, deseja, que tem propósitos. Ele nunca usa o resumo helenístico obvio do homem: corpo e alma. (obs.: Isto é, como uma alma imortal).
Tessalonicenses 5:23 “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Espírito, alma e corpo: Expressão usada... e que é empregada aqui com um sentido de todo ser.Confira a expressão “coração, alma e força de textos como Dt. 6:5).
Muitos insistem em afirmar que Paulo fazia distinção entre os três elementos:
O corpo a parte material do homem.
A alma, a parte do homem, que possui em comum com os brutos, que inclui o entendimento e a emoção e que terminam com a morte.
O espírito, a parte do homem, que inclui a razão, a vontade e a consciência e que é “imortal”.
Isto é um absurdo, pois na morte cessão o entendimento, a emoção, vontade, razão e consciência... (Eclesiastes 9:5, 6,10).
Há varias palavras usadas por Paulo para caracterizar o homem, e devemos buscar a direção do santo espírito de Deus para entender, pois não é atoa que Pedro disse: “que nas epistolas de Paulo havia certos pontos difíceis de entender e que os indoutos e instáveis, não entendendo as palavras de Paulo, deturpariam as demais escrituras. (II Pedro 3:16)
CORPO = SÕMA = σώμα.Um assunto tão obvio e simples como “corpo” (soma) não deveria conter dificuldade de interpretação; mas tem-se levantado problemas que fazem deste um problema o mais complexo. Bultmann tem defendido vigorosamente a posição de que o conceito Paulino de homem não o entende como uma pessoa de duas partes constituintes, uma vida espiritual interior e um corpo material exterior. Bultmann insiste que o homem não pode ser dividido, e é encarado como uma entidade indivisível, e que soma, psychê e pneuma constituem meramente modos diferentes de encarar o homem em sua integridade. Seguindo esta interpretação, bultmann insiste que soma não é algo que se adere exteriormente ao eu real do homem (a sua alma, por ex.), mas pertence a sua própria essência, de modo que podemos dizer: “ o homem não tem, soma; ele é soma. Bultmann admite que há passagens onde parece haver reflexões sobre o uso ingênuo, popular, no qual soma é contrastado com alma e espírito; mas tais passagens não refletem o pensamento essencial de Paulo. O homem, sua pessoa como um todo, pode ser denotado por soma. Se entrego meu corpo para ser queimado.( I Cor. 13:3) eu me entrego a morte. Quando Paulo diz que subjuga o seu corpo e o reduz a submissão ( I Cor. 9:27) ele quer dizer que esta mantendo a si mesmo sob controle, que a mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo ( I Cor. 7:4) significa que ela não tem controle a si mesma, porem tem que se submeter ao marido. A apresentação do corpo como um sacrifício vivo (Rm. 12:1) significa se entregar a Deus. O engrandecimento de Cristo em meu corpo (Fil. 1:20) Significa a honra de Cristo em minha pessoa, em mim. Como soma o homem pode ser objeto de seu próprio controle.
Ressurreição: Outra coisa importante, é o argumento de Paulo, sobre a necessidade de um corpo para uma vida completa e rica. A ressurreição conterá existência somática, embora não uma existência carnal. “Carne e Sangue”, não podem herdar o Reino de Deus. (I Cor. 15:50) o modo supremo e perfeito de vida, designado por Deus, para que eu possa gozar da totalidade das bênçãos divinas, será uma existência somática. Obs. “A sobrevivência da personalidade, que é com freqüência apresentada como essência da esperança cristã é uma doutrina grega, e não equivalente da esperança bíblica de uma redenção completa”.
CORAÇÃO = KARDIA = καρδιά – Há varias outras palavras, usadas por Paulo, para caracterizar o homem, a mais importante das quais é coração (Kardia). O uso Paulino é essencialmente o mesmo da palavra hebraica leb = e designa a vida interior do homem a partir de vários pontos de vista. O coração ou aspecto interior do homem é comparado ao exterior e visível. A verdadeira circuncisão é a do coração (Rm. 2:29), não a da carne. A ausência física pode significar presença em coração (Tess. 2:17). A gloria exterior é vã, comparada a do coração (II Cor. 5:12). O coração oculta segredos que só o espírito santo pode revelar (I Cor. 4:5; 14,45). O verdadeiro conhecimento do homem só pode ser encontrado esquadrinhando o coração (Rm. 8:27).
O coração é sede das emoções, tanto as boas como as más. O coração pode cobiçar coisas más (Rm. 1:24); mas Paulo pode dizer que o desejo de seu coração é converter seus compatriotas judeus (Rm. 10:1); Paulo escreveu aos Corintios em “angustia de coração” (II Cor. 2:4); ele sofreu dor no coração porque os judeus haviam rejeitado Cristo (Rm. 9:2). Seu rogo aos Corintios para abrirem seus corações (II Cor. 7:2) significa recebe-lo em amor.
KARDIA = pode também ser usada para atividades intelectual do homem. (Rm. 1:21); o coração dos ímpios como privado de entendimento. Em II Cor. 9:7, Paulo exorta seu leitor a dar liberalmente “como propôs em seu coração” (RSV). Os “olhos do coração” devem ser iluminados (Ef. 1:18) para se entender a esperança do crente.
KARDIA = pode ser usado para designar a sede da vontade. O coração tem propósitos ou intenções que só Deus conhece (I Cor. 4:5). O coração pode estar impenitente, por insistir em fazer o mal (Rm. 2:5) O coração pode ser obediente (Rm. 6:17)e, é apoiada pela vontade.
KARDIA = é o órgão do juízo ético. O “coração insensato” dos ímpios é aquele cujo pecado os fez incapaz de emitir juízo (Rm. 1:21). Os gentios possuem uma lei, escrita em seus corações, que os capacita a distinguir entre o bem e o mal (Rm. 2:14). O coração pode ser corrupto (Rm. 2:5); Cristo pode morar no coração (Ef. 3:17) ; a paz de Cristo pode reinar no coração (Col. 3:15)
KARDIA= é a sede da experiência religiosa. Deus pode brilhar no coração (II Cor. 4:6); derramar do amor de Deus (Rm.5:5); Cristo pode morar no coração (Ef.3:17);
MENTE=Paulo frequentemente fala mente (nous),pela qual desgina o homem como criatura que conhece,pensa e julga. Nous não é usado para desgnar o homem engajado em razão especulativa, refletiva; a palavra pode ser usada para o juízo prático.
NOUS= é o órgão de entendimento é óbvio na discussão das línguas por parte de Paulo .Quando alguém ora em línguas ,pelo Espírito ele ora bem. Mas seu entendimento fica infrutífero (ICor14:14), ele não entende suas próprias palavras. A paz de Deus excede todo o entendimento(Fil.4:7).Paulo exorta os tessalonicenses a não se abalarem em suas mentes (II tess.2:2), a não ficarem confundidos em pensamentos.
NOUS = pode também designar a “consciência” moral concretamente determinante da vontade e da ação. Em Romanos7, a nous aprova a Lei de Deus, reconhece o seu caráter espiritual e de seja obedecer-lhe (Rom. 7:22).Mas a carne domina a mente tente servir a Lei de Deus com a mente, com a carne ele serve a lei do pecado(Rm.7:25).
OBS: Romanos 7:14 = Eu... Sou carnal ou débil. Paulo usa com freqüência os termos carne, carnal em oposição a espírito, espiritual.Com eles pode designar diversas realidades.Em geral o termo carne aplicado ao ser humano,não designa uma parte dele e sim, toda a pessoa do ponto de vista da sua debelidade física ou moral.Em Rm.7:5; 8:13 predomina o uso dessa palavra para designar a pessoa na sua debilidade moral, sujeita ao pecado e a morte.(Cf.5:16-21). Na realidade o pecado é uma força maligna que vive no ser humano e que desencadeia uma verdadeira luta contra o espírito. (Rm.7:20)
DEUS é apresentado como tendo alma. Em vista do precedente, parece que os textos em que DEUS fala de “ minha alma”(Lev.26:11;30;Is. 42:1) são ainda outros casos de uso antropomórfico, isto é da atribuição de características físicas e humanas a Deus,para facilitar o entendimento. Ao falar a minha nephesh;o Senhor quer dizer eu mesmo, a minha pessoa.
ESPÍRITO =Gr. Pneuma = Heb.ruach
A palavra grega pneúma (espírito) deriva de pnéo que significa “respirar ou soprar”, e crê-se que a palavra hebraica ruahh (espírito) derive duma raiz que tem o mesmo sentido. Ruahh e pneuma, portanto, significam basicamente “fôlego”, mas tem significados ampliados além do sentido básico.(Hab.2:19; Apoc.13:15).Podem também significar vento; a força vital nos seres viventes; o espírito que a pessoa revela ter;pessoas espirituais.inclusive Deus e seus anjos; o espírito santo de Deus (Léxicos dos livros do Velho Testamento),(Léxico em hebraico e inglês do V.T),Dicionário Teológico do N.T.).
Todos estes significados têm uma coisa em comum. Todos se referem a algo invisível para o homem e que dá evidência de força em ação. Tal força invisível é capaz de produzir efeitos visíveis.
Outra palavra hebraica, nechamah (Gn.2:7),também significa “fôlego”,mas tem o mesmo sentido mais limitado de que ruahh.Apalavra grega pnéo, parece ter sentido similar.(Atos 17:25) e foi usada pelos tradutores da Septuaginta para verter nesha-máh.
Vento – Consideremos primeiro o sentido que talvez seja mais fácil de compreender.O contexto, em muitos casos, mostra que ruahh significa “vento”, como vento “vento oriental” (~Ex.10:13), os quatros ventos(Zc.2:6),Jo 3:8 –pneuma = vento.
O homem não pode controlar o vento; não pode orientá-lo, dirigi-lo, restringi-lo ou possuí-lo.Por causa disso,”vento(ruahh),frequentemente, representa aquilo que é incontrolável ou inalcançável pelo homem.(Jô.6:26; Pv.11:29; Ecl.1:14; Is.26:18; Is. 41:29;)
OBS: ( A sigla Cf. significa: confronte, compare).
FÔLEGO = Força de vida.
O relato da criação do homem declara que Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego ( neshamah) de vida, e o homem veio a ser uma alma ( néfesh) “vivente”, (Gn.2:7).
O antigo Testamento, inspirado pelo projetista e Criador do homem, evidentemente usa ruahh para denotar esta força de vida, que é o próprio princípio da vida, e neshamáh para representar a respiração que a sustenta.
Visto que a respiração está tão inseparavelmente interligada com a v ida, neshamah e ruahh são usados em evidente paralelo, em diversos textos.
Jó expressou a sua determinação de evitar a injustiça “enquanto estiver ainda em mim todo o meu fôlego (neshamah), e o espírito (weruahh) de Deus estiver em minhas narinas”. (Jô.27:3-5) .
Eliu disse: “Se Deus pensasse apenas em si mesmo e para si recolhesse o seu espírito e o seu sopro, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria ao pó. (Jó.34:14,15) De modo similar, o salmo 104:29 diz a respeito das criaturas da terra, humanas e animais: “... “Se lhes cortam a respiração, morrem e voltam a seu pó.” Em Isaías 42:5, fala-se do Senhor como “Aquele que formou a Terra e a tudo quanto produz; que da fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela.”
A respiração (neshamah) sustenta a existência deles; o espírito (ruahh) energiza o homem e é a força de v ida que a habilita a ser uma criação animada, a mover-se, a andar e a estar ativamente vivo. (At.17:28) Não é como os ídolos sem vida, sem respiração, inanimados, de fabricação humana. (Sal.135:15, 17; Jer.10:14; 51:17; Hab.2:19). A FORÇA DE VIDA, ou espírito é Impessoal.
Conforme temos observado nas Escrituras, rúah, ou força de vida, como existentes não somente humanos, mas também nos animais. (Gn.6:17;7:15,22).
Eclesiastes 3:18-22 mostra que o homem morre do mesmo modo que os animais, porque todos eles tem o mesmo fôlego (weruah), de modo que não há nenhuma superioridade do homem sobre o animal. Obs.: Isto é quanto a força da vida de ambos. Sendo assim, é evidente que o “espírito” (rúah) nesse sentido e impessoal. Como ilustração, podemos comparar a outra força invisível, a eletricidade, que pode ser comparada ao “espírito”. Ela pode ser usada para fazer funcionar diversos tipos de maquinas – fazendo com que fogões produzam calor, ventiladores ventos, computadores solucionem problemas, televisores produzam imagens, vozes e outros sons – contudo, esta corrente elétrica nunca assume quaisquer das características das maquinas em que opera ou é ativa.
Assim. O Salmo 146:3, 4 diz que quando o homem sai do espírito (forma de rúah), ele volta ao pó, neste dia parecem todos os seus desígnios. O espírito ou força vital, que estava ativo na célula do corpo do homem, não retém quaisquer características daquelas células, tais como as células cerebrais, e o papel do espírito, ou força vital (ruah;pneuma), não fosse impessoal, estão significaria que os filhos de certas viúvas israelitas, ressucitados pelos profetas Elias e Eliseu, na realidade tiveram existência consciente em outra parte, no período em que estiveram mortos. O mesmo se teria dado também com Lázaro, que foi ressuscitado quatro dias depois de seu falecimento. (I Rs. 17:17-23: II Rs.4:32-37; Jô.11:38-44). Neste caso, seria razoável que eles se lembrassem de tal existência consciente durante aquele período e ao serem ressuscitados, teriam-na descrito. Falando sobre ela. Nada indica que qualquer um deles tenha feito isso. Portanto, a personalidade do morto não é perpetuada na força da vida, ou espírito, que para de funcionar nas células de falecido.
Eclesiastes 12:7 declara que, ao morrer, o corpo da pessoa retorna ao pó da terra, como era, e o espírito volta a Deus que o deu. Na realidade a própria pessoa nunca esteve ou estará com Deus no céu; o que retorna à Deus, portanto, e a força vital que habilitou a pessoa a viver.
A RESSURREIÇÃO E SEUS OBJETIVOS
“ Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, reinaram com ele mil anos.” (Apoc.20:06)
Jesus disse repetidas vezes que ressuscitara seus discípulos no último dia. É com muito razão que o apostolo enfoca aos coríntios que, se Cristo não ressuscitou, todos estariam definitivamente perdidos. Isto faz da ressurreição de Cristo um acontecimento da maior importância e essencial no plano de salvação. Isto garante nossa fé, pois, se verdadeiramente estivermos nele e em sua palavra, ressuscitaremos e viveremos assim como Ele venceu a morte e vive eternamente.
Porque satanás tentou desviar o Mestre de sua missão voluntária de morrer pela humanidade?
Sem derramamento de sangue, não há remissão. No sistema Levitico, era mister que animais sem mancha, inocentes, substituíssem os homens na morte e no derramamento de sangue. Este sistema, no entanto era provisório e simbólico, pois o sangue de animais não podia cancelar pecados. Apenas os transferiam para o santuário, dependendo do verdadeiro e único cordeiro que viria: Jesus Cristo. Somente sua morte daria validade a tudo que foi feito no passado e garantiria o futuro. Se Jesus não morresse e não ressuscitasse, vencendo a morte, ninguém se salvaria; nem no passado e nem no porvir (ICor. 15:16-18). Imagine que chances de salvação terão os que não se julgam dependentes do sacrifício e ressurreição de Cristo!
Que estratégia tem usado as forças diabólicas para afastar do homem a possibilidade de salvação?
Tem colocado na mente do homem a possibilidade de salvação sem depender de Jesus e de seu sacrifício. As religiões ensinam vários tipos de purificações, ou meios de se purificar: por meio de sucessivos nascimentos, a reencarnação; pela compra de indulgência e de penitencias, isolados do meio social comum, etc. ademais, dizem que missas e outros esforços dos vivos, ajudam seus mortos. Os protestantes ensinam que basta crer em Jesus e se afiliar em qualquer denominação, deixando de lado a necessidade de se andar realmente pela palavra de Deus. Defendem a contraditória imortalidade da alma, pois se o homem é imortal, não tem sentido dizer que é preciso crer em Jesus para adquirir a vida eterna. Alem disso, os imortalistas e os de tendências espíritas sempre insistem em provar que os mortos estão vivos em outra dimensão e em algum lugar, tranqüilizando e confortando os que não querem saber de conhecer as Escrituras e deixar a vida de pecado.
Qual é o salário do pecado? Como entender a existência da segunda morte?
Paulo nos diz que o salário do pecado é a morte (Rm. 6:23). Esta entrou por um homem, Adão, mas foi vencida por um outro, Cristo (Rm. 3:12-19).
Todos nós temos que passar pela primeira morte (Heb. 9:27) e estamos sujeitos a segunda, se não aceitarmos a salvação do Senhor (Apoc. 20:6,11-15).
Podemos entender a primeira como resultado físico maior do pecado (outros efeitos físicos são os problemas, enfermidades, tribulações, etc.) e a segunda como conseqüência espiritual. A morte espiritual ou segunda morte é o fim do ímpio. Os remidos não estão mais sujeitos a esta morte, pois no ato do batismo, morrem definitivamente para o pecado, ressuscitando como novas criaturas ao saírem das águas, e não entram mais em juízo. Os ímpios, portanto a terão de encarar no juízo.
Deus advertiu que se nossos pais pecassem, certamente morreriam (Gn. 2:17). Satanás lhes disse que não (Gn. 3:4). Ate hoje os homens seguem crendo numa imortalidade que não existe (salmos 8:4; ICor. 15:54; IICor. 4:11; 5:4). A única forma de alcançarmos a imortalidade é por meio de Cristo Jesus. (Jó. 3:16; 6:27,42).
Varias ressurreições ocorreram antes e depois de Cristo (IRs. 17:22-24; Heb. 11:35), todavia estes personagens viveram por algum período de tempo e morreram de novo. Porem, Jesus ressuscitou num corpo incorruptível. O novo corpo é o mesmo que jazia no sepulcro, todavia agora esta transformado, imortal e indestrutível. Já vimos que Jesus falou da ressurreição final de justos e ímpios (Jô. 5:28,29). Haverão duas ressurreições, separadas por um período de mil anos. Da primeira participarão todos os santos mortos desde o principio, e da segunda, os ímpios mortos (Apc. 20:4-6). Os justos vivos, após a ressurreição dos remidos, passarão por uma transformação, deixando a condição de humanos e assumindo a incorruptibilidade. (ICor. 15:52)
Definitivamente, os remidos serão recompensados na vinda do Messias com a ressurreição para a vida eterna (Lc. 20:36; 14:14; Salmos 17:15; ITess. 4:16; ICor. 15:22,23; Mt. 16:27; Fil. 3:11,21; II Tim. 4:8; Apoc. 20:6; 22:12. o homem é mortal e nada permanece consciente e vivo após a morte (Ecl. 9:5,6,10; Salmos 146:4).






GEHENA, TÁRTARO, SHEOL, HADES, QÉVER, TOFETE, TÁFOS, MNEMEION, ALMA, ESPIRITO, CORPO E RESSURREIÇÃO.
Diante dos chamados intelectuais da bíblia, muita idéia relacionada a estas palavras tem dado a entender um lugar de desespero e tormento eterno e isto, logo após a morte. Se os injustos vão para um lugar de sofrimento, e os justos para um lugar de delicias ou prazer, que necessidade haverá para um julgamento no futuro, ou de uma ressurreição ou uma segunda vinda de Cristo? Se o juízo ocorre por ocasião da morte, e o homem entra logo no gozo de sua recompensa, então a recompensa precede o julgamento final. Portanto é um absurdo tal idéia, sabendo que os homens depois de haver estado na bem-aventurança ou em tormentos durante séculos serão ressuscitados para serem julgados segundo as suas obras, o que tiver feito por meio do corpo. (MT. 16:27; IICor. 5:10; Apc. 22:12).
GEHENA: (forma grega do hebraico: Geh. Hin. Nóm Vale de Hinom). Este nome aparece 12 vezes no Novo Testamento. (MT.5: 22,29,30; 10:28; 18:9; 23:15,33; Marcos 9:43, 45, 47; Lc. 12:5; Tg 3:6) embora muitas traduções vertam a palavra por “inferno”, diversas traduções modernas transliteram a palavra grega Ge-em-na. MT. 5:22.
Obs. Gehena: lit. um estreito e profundo vale de Hinom, mais tarde ficou conhecido por este nome grego, ficava ao ocidente e ao sul de Jerusalém, com aproximadamente dois Km e meio. Teatro do culto idolatra, que compreendia o sacrifício de crianças, conforme os ritos de Moloque.(IRs. 11:7; IIRs. 16:3)
A Geena com significado escatológico tem relação com o castigo dos ímpios. Os quais são usados em aplicação ao inferno de fogo escatológico, que é identificado com o lago de fogo. (Apoc. 20:14,15)
Embora Geena sendo uma palavra grega, não aparece na Septuaginta. O seu correspondente no Velho Testamento é Hinom, também chamado de “Vale dos Filhos ou Filho de Hinom” (Js. 15:8, e mais passagens bíblicas paralelas: Js. 18:16; Jr. 32:35; IICron. 33:6 )
Neste vale eram sacrificadas crianças em ritual pagão, num altar chamado Tofete, que significa “altar”. (Jr. 7:31). Aqui alguns reis de Israel sacrificaram ídolos, e dentre eles Salomão. Mas o rei Josias fez uma nova devassa no local fazendo dele um local de lixo: “também profanou a Tofete, que esta no vale dos filhos de Hinom; para que ninguém fizesse passar a seu filho ou sua filha, pelo fogo de Moloque. (IIRs. 23:10,13).
Desde os dias de Josias este lugar foi transformado num deposito de lixo, onde o fogo ardia continuamente, devido a quantidade de enxofre ali jogado, aumentando a intensidade do calor, era o único meio pelo qual se eliminava tal refugo. Onde o fogo não alcançava, proliferavam vermes ou gusanos, consumindo tudo o que não fora destruído pelo fogo. Desta forma a palavra de Jesus mostrou o efeito destrutivo do julgamento de Deus, não cessaria até ter alcançado destruição total. Portanto esse lugar refere-se à futura destruição dos ímpios no lugar chamado “Lago de Fogo e Enxofre”. (MT. 5:22, 29, 30, Apoc. 20:14, 15 e ref.)
É vidente que Jesus usou a palavra Geena, como ilustração da destruição total dos ímpios, não sendo assim possível uma ressurreição para a vida. (Is. 26:14) mas a morte (2ª morte) destruição. ( Is. 66:24; Rm.9:21; Mq. 9:21; Apoc. 20:14; MT.10:28; Lc. 12:4, 5; Salmos 145: 20)
Os escribas e os fariseus, como ímpios que eram, foram apresentados como objetos para Geena. (MT. 23:13-15,33). Para evitar tal destruição os santos devem livrar-se de tudo que cause tropeço espiritual, tendo uma representação figurada: o arrancar da mão, do pé e do olho, figurando a morte do corpo quanto ao pecado.( MT. 18:19; Mr. 9:43-47; Rm. 6:4-8, 12, 13; Cl. 3:5,6; Rm. 6:23; II Pd. 2:3.)
O uso da palavra Geena por Tiago (Tg. 3:6) mostra que a língua indisciplinada por si só é um mundo de injustiça e que toda a vida da pessoa pode ser afetada por palavras ardentes que destrói o corpo de quem fala. A língua de tal “cheia de veneno mortífero”, e evidenciando assim uma condição má do coração, pode resultar em ser aquele que a usa lançado por Deus na Geena (Lago de Fogo). Apc. 20:14,15
Grego: Tártaro (II Ped.2:4)
Condição semelhante à de prisão...
Esta palavra ocorre uma vez só nas Escrituras.
O apostolo escreve: “Ora, se Deus não poupou os anjos que pecaram, antes, precipitando-os no Tártaro (traduzido por inferno) os entregou a abismo de trevas, reservando-os para o juízo”.
Um texto paralelo em Judas 6. “...e os anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicilio, Ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia”.
Analisando estes textos, se torna evidente que tártaro é uma condição em vez de um lugar especifico, uma vez que Pedro fala desses espíritos desobedientes como estando em covas de profunda escuridão, ao passo que Paulo os menciona como estando em “lugares celestiais”, a partir de onde eles exercem um domínio de escuridão, com forças espirituais. (II Pd. 2:4; Exd. 6:10-12)) a densas trevas não significa um falta literal de luz, mas resulta no afastamento da luz de Deus, como réu (condenado) expulso da família de Deus, tendo apenas a expectação horrível quanto ao seu destino eterno.
Portanto, Tártaro não é a mesma coisa que o termo hebraico Sheol ou grego Hades, os quais se referem a sepultura comum em geral (ou cemitério).
Semelhantemente, a condição desprezível que é representada pela palavra Tártaro não deve ser confundida com o “abismo” em que satanás e seus demônios serão por fim lançados durante os mil anos do reinado de Cristo, pois vemos em Lc. 8:26-31, os demônios suplicando que não mandassem para o abismo. Gr. Abyssos.
Portanto a total degradação, representada pelo Tártaro e precursor da situação (condição) em que satanás e seus demônios sofrerão antes do inicio do reinado milenar de Jesus Cristo.
Obs. A palavra Tártaro também é empregada na mitologia pagã. Na Iliade, de Homero representa-se a este mitológico tártaro com prisão subterrânea tão abaixo do hades, quanto a Terra é do Céu. Nele eram aprisionados os deuses inferiores, Cronos e outros espíritos titãs. Como vimos Tártaro não é lugar para almas humanas, e sim para seres espirituais.
Obs. O Sr. Esequias Soares, diz em seu livro: comentário Exegético e explicativo: “Esses anjos são mais terríveis que todos os demais demônios”. É por isso que Deus não permitiu que eles ficassem soltos. Eles serão libertos, por um pouco de tempo durante a grande tribulação, para atormentarem os moradores da Terra. (Apc. 9:2-4). Portanto analisando a pagina 3, notamos a incoerência desta teoria infundada, pois satanás e seus anjos irão para o abismo. Apc. 20:3
Heb: = Qé.ver = Sepulcro, cova, buraco.
Gn. 35:20; Gn. 49:29-33, aqui fala de Jacó sendo reunido as seu povo no qéver. Outras passagens onde aparece palavra qéver. (Gn. 50:5; I RS. 13:30; Jô 21:23) portanto a palavra qever, refere-se a uma sepultura ou um sepulcro individual. (Gn. 23:4, 6, 9 e 20) versículo 4 mostra que a posse de uma sepultura familiar era um fato de grande importância, por que assegurava um lugar de descanso junto aos antepassados. (I RS. 13:22; Atos 7:16)
Gr.: Mne.meion = Mnemeiou = Tumulo, monumento memorial. (MT. 23:29; 27:52; Mr. 5:2; 6:29; 15:46; 16:2, 3, 5, 8; Lc. 11:44; 24:2, 9, 12; Jo 11:17, 38; 20:1-4, 6, 8, 11; Atos 13:29)
Gr.: τάφος = táfos = Sepultura, Sepulcro, tumba. (1ª – Fig.MT. 23:27, 29; 27:61, 64, 66; 28:1) (2ª – Fig. Rm. 3:13)
Em grego, a palavra comum para sepultura ou sepulcro é Tá.fos (Mt. 28:1), e a forma verbal thápto significa “enterrar”ou “sepultar”. Mt. 8:21,22.
A palavra mnema (Lc. 23:53) refere-se a tumulo e a palavra mnemeion (Lc. 23:55), a um tumulo memorial.
Visto que essas palavras hebraicas e gregas se referem a uma sepultura individual, elas são frequentemente usadas no plural com referencias a muitas de tais sepulturas. Portanto diferem da palavra hebraica sheol e de sua equivalente hades, que se referem a sepultura comum em geral, ou ao domínio da sepultura, é por isso que sempre são usadas no singular. Por esse motivo, muitas traduções modernas não seguiram o costume de outras traduções em português, tais como a versão Almeida, Revista e Corrigida; nas quais sheol e hades são variada mente traduzida por “inferno”, “sepultura” habitação dos mortos. No entanto, visto que a entrada no sheol é representada como ocorrendo pelo sepultamento numa cova individual ou num lugar de sepultamento, as palavras referentes a tais lugares de sepultamento são usadas como termos paralelos, embora não equivalente ao sheol, (mas sim a palavra heb. Qéver). ( Jô 17:1; 17:13-16; 21:13, 32, 33; Salmos 88:3-12)
Em Romanos 3:13, o apostolo Paulo cita o Salmo 5:9, comparando a garganta dos homens ímpios a um (sepulcro aberto fig.). assim como o sepulcro aberto é para ser enchido com mortos e com corrupção, a garganta deles abre-se com conversa mortífera e corrupta. (Mt. 15:18-20).
Era costume caiar os sepulcros para que as pessoas não tocassem nelas acidentalmente e ficassem impuras. O s túmulos perto de Jerusalém eram caiadas um mês antes da Páscoa, para impedir que alguém se tornasse impuro, nesse período especial de adoração, por acidentalmente tocar numa sepultura. (Num.19:16) Jesus usou esse costume como base para ilustrar como os escribas e fariseus aparentemente pareciam justos, mas por dentro estavam cheios de hipocrisia e transgressão. (Mt. 23:27,28).
Embora a sepultura seja comparada a uma cova, da qual o homem deseja ficar longe, Jô traz a atenção o desespero daquelas pessoas sofredoras que, por falta de uma clara esperança ou entendimento dos propósitos de Deus, procuram a morte e até chegam a se regozijar por ter achado uma sepultura. (Jó. 3:20-22). Tal atitude contrasta nitidamente com aquela dos homens que devotaram sua vida a serviço do Criador e que confiantemente aceitaram a promessa duma ressurreição. (Salmos 16:9-11; Atos 24:15; Fil. 1:21-26; II TIM. 4:6-8; Hb. 11:17-19)
Heb: = Sheol = Região dos mortos, mundo invisível, (ou cemitério).
Sepultura em geral da humanidade, o domínio da sepultura; não um lugar de sepultamento em especifico (heb. Qéver) Jz. 16:31; qevurah, Gn. 35:20, nem a um tumulo individual. (heb. Gadhish; Jô 21:32).
Embora se tenha oferecido diversas derivações da palavra hebraica she’ohl, pelo visto, ela deriva do verbo hebraico sha’al, que significa “pedir; solicitar”. Samuel Peake, em A Compendio us Hebrew Lexicon (Léxico Compendioso do Hebraico), declara que é a região dos mortos; chamado assim por causa da insaciabilidade da sepultura, a qual como que sempre pede ou quer mais. (Cambridge, 1811, pg. 148) Isto indica que o Seol é o lugar (não uma condição) que pede ou exige todos sem distinção, porque recebe em si todos os mortos. (Gn. 37:35; PV. 30:15, 16)
A palavra hebraica she’ohl ocorre 65 vezes no texto massorético. Na versão Almeida, revista e corrigida, é traduzida 28 vezes por “inferno”, 27 vezes por “sepultura”, 5 vezes por “sepulcro”, 2 vezes é deixada “Seol” e uma vez cada é vertida “terra”, “mundo invisível” e “enterrado”. A versão católica de Matos Soares verte a palavra 34 vezes por “inferno” 11 vezes por “habitação dos mortos”, 11 vezes por “sepulcro”, 4 vezes por “sepultura”, 2 vezes por “Sheol” e uma vez cada por “abismo”, “morte” e “perigo exiciais”. Alem disso, em Isaias 7:11, o texto hebraico originalmente rezava she’ohl, e foi traduzido “hades” nas antigas versões gregas de Áquila, Simaco e Teodocio, e como “terra” na versão de Maros Soares.
Não há nenhuma palavra portuguesa que transmita o sentido exato da palavra she’ohl. Comentando o uso da palavra “inferno” na tradução da Bíblia, Collier’s Encyclopedia (Enciclopédia da Collier, 1986, Vol. 11, pg. 276) observou: “Sheol estava localizado em alguma parte debaixo da terra... a condição dos mortos não era de dor nem de prazer. Nem a recompensa para os justos nem o castigo para os ímpios estavam relacionados com seol. Tanto os bons como os maus, tiranos ou santos, reis e órfãos, israelitas e gentios, todos dormiam juntos sem estarem cônscios uns dos outros”.
Ao passo que, em séculos posteriores, o ensino grego da imortalidade da alma humana se infiltrou no pensamento religioso judaico, o registro bíblico mostra que Seol se refere a sepultura, como lugar onde não existe estado consciente. (Ecl. 9:4-6, 10) Os que estão no Seol não louvam a Deus, nem o mencionam. (Salmos 6:4, 5; Is. 38:17-19) No entanto, não se pode dizer que simplesmente represente a condição de se estar separado de Deus, na realidade nada pode ser escondido dos olhos divinos. (PV. 15:11; Salmos 139:7, 8; AM. 9:1,2) Por esse motivo, Jô, ansiando ser liberto do sofrimento, orou para que pudesse ir ao Seol e mais tarde lembrado por Deus, e ser chamado para sair do Seol. (Jô 14:12-15)
Em todas as Escrituras inspiradas, Seol continuamente é associada com a morte, não com vida. (I SM. 2:6; II SM. 22:6; Salmos 18:4, 5; 49:7-10, 14, 15; 88:2-6; 89:48; Is. 28:15-18; compare também Salmos 116:3, 7-10, com II Cor. 4:13, 14) Ele é chamado de “a terra de escuridão” (Jô 10:21) e de lugar de silencio (Sal. 115:17) Pelo Visto, Abel foi o primeiro a ir para o Seol, e desde então incontáveis milhões de mortos se juntaram a ele no pó da terra.
No dia de Pentecoste, o apostolo Pedro citou Salmo 16:10 e o aplicou a Cristo Jesus, ...Nem permitiras que o teu Santo veja a corrupção. ( a corrupção é u,a expressão idiomática do hebraico que equivale a experimentar a morte e a conseqüente corrupção do cadáver no sepulcro. Em atos 2:27 e 13:35, essas palavras são interpretadas como anuncio profético da ressurreição de Jesus Cristo. Lucas citando as palavras de Pedro, usou a palavra grega haí’des, mostrando com isso que Seol e Hades se referem a mesma coisa, a sepultura. (At. 2:25 – 27, 29:32) depois do reinado milenar de Jesus Cristo, tanto o Seol, quanto o Hades, será esvaziado e destruído pela ressurreição de todos os que estiverem nele.(Apoc. 20:13,14)
Uma outra passagem importante é a comparação que Jesus fez, a respeito da estada de Jonas no ventre do peixe ao que aconteceria com ele mesmo, dizendo “porque, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará também o filho do homem três dias e três noites no coração da terra.” (Mt. 12:40) Embora Jesus não usasse ali a palavra Seol (Hades), o apostolo Pedro usou a palavra “Hades” ao se referir a morte e a ressurreição do Senhor Jesus. At. 2:27
Alma = (nephesh) = (psyche)
Fundamentos históricos. Herança grega:
O fim do segundo século vê expandir-se o helenismo cristão em Alexandria. Assim é que Alexandria se prepara a desempenhar, no fim do segundo século e no inicio do terceiro, um papel importante na historia da igreja. Nela é que o cristianismo, vindo de um meio semítico, há de acabar por fazer sua educação grega ao mesmo tempo que o helenismo acabara por fazer sua educação cristã, como Roma é seu pólo doutrinário. Isso se verifica num duplo domínio. Por um lado, no nível cristão ordinário vemos os costumes cristãos, herdados da igreja primitiva, se libertarem de sua expressão judaica e assumirem o melhor do humanismo helenístico. Alem disso, no nível da cultura, é em Alexandria que o cristianismo assume a herança retórica e da filosofia antiga, elaborando assim aquele helenismo cristão que se constituiria em milagre da historia humana.
A característica essencial da corrente Alexandrina é a aliança do evangelho com a cultura grega. Se o cristianismo se expande no mundo grego, deve se despojar de sua forma semítica, para revestir uma forma helenística. Deve falar a língua de Platão e Homero; deve assumir as atitudes de Hermes e Ulisses.
A fim de fazer uma apreciação da psicologia paulina, precisamos ter em mente os elementos principais nos conceitos grego e hebraico de homem. Um dos pensadores mais influentes, para a historia subseqüente da filosofia grega, foi Platão. Ele afirmava um dualismo de dois mundos, noumenal e o fenomenal, e um dualismo antropológico de corpo e alma. O corpo não é de todo mau, mas é um peso e um estorvo para a alma. O sábio cultiva a alma de modo que ela possa se elevar acima do corpo, e na morte, se libertar do corpo e escapar para o mundo superior. Nos tempos helenísticos, o corpo, pertence ao mundo da matéria, era tido como mau isso fato pelos gnósticos. Stacey assinalou que as maiorias dos filósofos da Grécia seguiam Platão, nessa visão do corpo e da alma, e que isto estava tão impresso no mundo civilizado que “ninguém pode discutir a relação do corpo com a alma hoje sem se deparar com a visão platônica”.
A visão platônica é bem diferente da grega. Nela não há nenhum traço de dualismo. A palavra hebraica que designa o corpo ocorre apenas quatorze vezes no Velho Testamento e nunca esta em contraste com a alma (nephesh). Mais freqüentemente, a palavra que designa carne (basar) é usada para designar o corpo (23vezes).esta palavra contem, basicamente, um significado físico. Um uso significativo é “carne”, como um símbolo da fragilidade humana em relação a Deus. Basar aparece como algo que os homens e os animais possuem, em sua fraqueza, que Deus não possui. “O meu espírito não permanecerá para sempre com o homem, porquanto ele é carne” (Gn. 6:3). Ora, os egípcios são homens, e não Deus; e os seus cavalos, carne, e não espírito (Is.31:3). Basar refere-se aos seres humanos aos seres humanos em sua fragilidade e transição, ao homem em suas limitações, como distinto de Deus infinito.
A alma (nephesh) não é uma parte superior do homem e que esta acima e contra seu corpo, mas designa a vitalidade ou principio de vida no homem. Deus soprou, nas narinas do homem, o fôlego de vida, e o homem tornou-se uma nephesh vivente (Gn.2:7). O corpo e o sopro divino juntos fazem a nephesh vital, ativa. A palavra é então, estendida do principio vital, para incluir os sentimentos, paixões, vontade, e até a mentalidade do homem. Ela, então, passa a ser usada como sintonia do próprio homem. As famílias eram numeradas como “tantas almas” (Gn. 12:5; 46:27). Vida incorpórea, para a nephesh, não é visualizada. A morte angustiava tanto a nephesh (Nm. 23:10) como o corpo.
Psyché. O uso paulino de psyché é mais próximo ao do Velho Testamento do que da literatura intertestamentária. Paulo nunca usa psyché como uma entidade separada no homem, nem ao menos insinua que a psyché possa sobreviver a morte do corpo. Psyché é a vida entendida sob fundamentação hebraica. Em Romanos 11:3, Paulo cita a passagem do Velho Testamento onde Elias reclama que procuram tirar a minha psychê. Psychê aqui é claramente a sua vida. Quando epafrodito arriscou sua alma por Paulo, ele quase morreu (Fl. 2:30). Quando Áquila e Priscila arriscaram seu pescoço pela psychê de Paulo, eles quase perderam suas vidas, em beneficio dele.
Há um ou dois exemplos onde psychê, como no uso do Velho Testamento, é usada referindo-se a uma pessoa individual. “a alma de todo homem que pratica o mal” (Rm. 2:9) é corretamente traduzido, pela RSV, (Revised Standard Version) como “todo ser humano que pratica o mal”. Quando “toda alma” é exortada a ser sujeita as autoridades governamentais, Paulo obviamente se refere a “toda pessoa” (Rm. 13:1 RSV).
O desejo de Paulo de partilhar com os tessalonicenses não apenas o evangelho, mas também sua própria alma (I Tess. 2:8) sugere mais do que uma vontade de morrer por eles: significa uma participação de todo o seu ser. Fazer a vontade de Deus de coração (Ef. 6:6 épsychê) significa servir a Deus com toda a sua personalidade. Paulo nunca fala da salvação da alma, nem há nenhuma insinuação da preexistência da alma. Psychê é o estado especificadamente de estar vivo, que é inerente ao homem como um eu que luta, deseja, que tem propósitos. Ele nunca usa o resumo helenístico obvio do homem: corpo e alma. (obs.: Isto é, como uma alma imortal).
Tessalonicenses 5:23 “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Espírito, alma e corpo: Expressão usada... e que é empregada aqui com um sentido de todo ser.Confira a expressão “coração, alma e força de textos como Dt. 6:5).
Muitos insistem em afirmar que Paulo fazia distinção entre os três elementos:
O corpo a parte material do homem.
A alma, a parte do homem, que possui em comum com os brutos, que inclui o entendimento e a emoção e que terminam com a morte.
O espírito, a parte do homem, que inclui a razão, a vontade e a consciência e que é “imortal”.
Isto é um absurdo, pois na morte cessão o entendimento, a emoção, vontade, razão e consciência... (Eclesiastes 9:5, 6,10).
Há varias palavras usadas por Paulo para caracterizar o homem, e devemos buscar a direção do santo espírito de Deus para entender, pois não é atoa que Pedro disse: “que nas epistolas de Paulo havia certos pontos difíceis de entender e que os indoutos e instáveis, não entendendo as palavras de Paulo, deturpariam as demais escrituras. (II Pedro 3:16)
CORPO = SÕMA = σώμα.Um assunto tão obvio e simples como “corpo” (soma) não deveria conter dificuldade de interpretação; mas tem-se levantado problemas que fazem deste um problema o mais complexo. Bultmann tem defendido vigorosamente a posição de que o conceito Paulino de homem não o entende como uma pessoa de duas partes constituintes, uma vida espiritual interior e um corpo material exterior. Bultmann insiste que o homem não pode ser dividido, e é encarado como uma entidade indivisível, e que soma, psychê e pneuma constituem meramente modos diferentes de encarar o homem em sua integridade. Seguindo esta interpretação, bultmann insiste que soma não é algo que se adere exteriormente ao eu real do homem (a sua alma, por ex.), mas pertence a sua própria essência, de modo que podemos dizer: “ o homem não tem, soma; ele é soma. Bultmann admite que há passagens onde parece haver reflexões sobre o uso ingênuo, popular, no qual soma é contrastado com alma e espírito; mas tais passagens não refletem o pensamento essencial de Paulo. O homem, sua pessoa como um todo, pode ser denotado por soma. Se entrego meu corpo para ser queimado.( I Cor. 13:3) eu me entrego a morte. Quando Paulo diz que subjuga o seu corpo e o reduz a submissão ( I Cor. 9:27) ele quer dizer que esta mantendo a si mesmo sob controle, que a mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo ( I Cor. 7:4) significa que ela não tem controle a si mesma, porem tem que se submeter ao marido. A apresentação do corpo como um sacrifício vivo (Rm. 12:1) significa se entregar a Deus. O engrandecimento de Cristo em meu corpo (Fil. 1:20) Significa a honra de Cristo em minha pessoa, em mim. Como soma o homem pode ser objeto de seu próprio controle.
Ressurreição: Outra coisa importante, é o argumento de Paulo, sobre a necessidade de um corpo para uma vida completa e rica. A ressurreição conterá existência somática, embora não uma existência carnal. “Carne e Sangue”, não podem herdar o Reino de Deus. (I Cor. 15:50) o modo supremo e perfeito de vida, designado por Deus, para que eu possa gozar da totalidade das bênçãos divinas, será uma existência somática. Obs. “A sobrevivência da personalidade, que é com freqüência apresentada como essência da esperança cristã é uma doutrina grega, e não equivalente da esperança bíblica de uma redenção completa”.
CORAÇÃO = KARDIA = καρδιά – Há varias outras palavras, usadas por Paulo, para caracterizar o homem, a mais importante das quais é coração (Kardia). O uso Paulino é essencialmente o mesmo da palavra hebraica leb = e designa a vida interior do homem a partir de vários pontos de vista. O coração ou aspecto interior do homem é comparado ao exterior e visível. A verdadeira circuncisão é a do coração (Rm. 2:29), não a da carne. A ausência física pode significar presença em coração (Tess. 2:17). A gloria exterior é vã, comparada a do coração (II Cor. 5:12). O coração oculta segredos que só o espírito santo pode revelar (I Cor. 4:5; 14,45). O verdadeiro conhecimento do homem só pode ser encontrado esquadrinhando o coração (Rm. 8:27).
O coração é sede das emoções, tanto as boas como as más. O coração pode cobiçar coisas más (Rm. 1:24); mas Paulo pode dizer que o desejo de seu coração é converter seus compatriotas judeus (Rm. 10:1); Paulo escreveu aos Corintios em “angustia de coração” (II Cor. 2:4); ele sofreu dor no coração porque os judeus haviam rejeitado Cristo (Rm. 9:2). Seu rogo aos Corintios para abrirem seus corações (II Cor. 7:2) significa recebe-lo em amor.
KARDIA = pode também ser usada para atividades intelectual do homem. (Rm. 1:21); o coração dos ímpios como privado de entendimento. Em II Cor. 9:7, Paulo exorta seu leitor a dar liberalmente “como propôs em seu coração” (RSV). Os “olhos do coração” devem ser iluminados (Ef. 1:18) para se entender a esperança do crente.
KARDIA = pode ser usado para designar a sede da vontade. O coração tem propósitos ou intenções que só Deus conhece (I Cor. 4:5). O coração pode estar impenitente, por insistir em fazer o mal (Rm. 2:5) O coração pode ser obediente (Rm. 6:17)e, é apoiada pela vontade.
KARDIA = é o órgão do juízo ético. O “coração insensato” dos ímpios é aquele cujo pecado os fez incapaz de emitir juízo (Rm. 1:21). Os gentios possuem uma lei, escrita em seus corações, que os capacita a distinguir entre o bem e o mal (Rm. 2:14). O coração pode ser corrupto (Rm. 2:5); Cristo pode morar no coração (Ef. 3:17) ; a paz de Cristo pode reinar no coração (Col. 3:15)
KARDIA= é a sede da experiência religiosa. Deus pode brilhar no coração (II Cor. 4:6); derramar do amor de Deus (Rm.5:5); Cristo pode morar no coração (Ef.3:17);
MENTE=Paulo frequentemente fala mente (nous),pela qual desgina o homem como criatura que conhece,pensa e julga. Nous não é usado para desgnar o homem engajado em razão especulativa, refletiva; a palavra pode ser usada para o juízo prático.
NOUS= é o órgão de entendimento é óbvio na discussão das línguas por parte de Paulo .Quando alguém ora em línguas ,pelo Espírito ele ora bem. Mas seu entendimento fica infrutífero (ICor14:14), ele não entende suas próprias palavras. A paz de Deus excede todo o entendimento(Fil.4:7).Paulo exorta os tessalonicenses a não se abalarem em suas mentes (II tess.2:2), a não ficarem confundidos em pensamentos.
NOUS = pode também designar a “consciência” moral concretamente determinante da vontade e da ação. Em Romanos7, a nous aprova a Lei de Deus, reconhece o seu caráter espiritual e de seja obedecer-lhe (Rom. 7:22).Mas a carne domina a mente tente servir a Lei de Deus com a mente, com a carne ele serve a lei do pecado(Rm.7:25).
OBS: Romanos 7:14 = Eu... Sou carnal ou débil. Paulo usa com freqüência os termos carne, carnal em oposição a espírito, espiritual.Com eles pode designar diversas realidades.Em geral o termo carne aplicado ao ser humano,não designa uma parte dele e sim, toda a pessoa do ponto de vista da sua debelidade física ou moral.Em Rm.7:5; 8:13 predomina o uso dessa palavra para designar a pessoa na sua debilidade moral, sujeita ao pecado e a morte.(Cf.5:16-21). Na realidade o pecado é uma força maligna que vive no ser humano e que desencadeia uma verdadeira luta contra o espírito. (Rm.7:20)
DEUS é apresentado como tendo alma. Em vista do precedente, parece que os textos em que DEUS fala de “ minha alma”(Lev.26:11;30;Is. 42:1) são ainda outros casos de uso antropomórfico, isto é da atribuição de características físicas e humanas a Deus,para facilitar o entendimento. Ao falar a minha nephesh;o Senhor quer dizer eu mesmo, a minha pessoa.
ESPÍRITO =Gr. Pneuma = Heb.ruach
A palavra grega pneúma (espírito) deriva de pnéo que significa “respirar ou soprar”, e crê-se que a palavra hebraica ruahh (espírito) derive duma raiz que tem o mesmo sentido. Ruahh e pneuma, portanto, significam basicamente “fôlego”, mas tem significados ampliados além do sentido básico.(Hab.2:19; Apoc.13:15).Podem também significar vento; a força vital nos seres viventes; o espírito que a pessoa revela ter;pessoas espirituais.inclusive Deus e seus anjos; o espírito santo de Deus (Léxicos dos livros do Velho Testamento),(Léxico em hebraico e inglês do V.T),Dicionário Teológico do N.T.).
Todos estes significados têm uma coisa em comum. Todos se referem a algo invisível para o homem e que dá evidência de força em ação. Tal força invisível é capaz de produzir efeitos visíveis.
Outra palavra hebraica, nechamah (Gn.2:7),também significa “fôlego”,mas tem o mesmo sentido mais limitado de que ruahh.Apalavra grega pnéo, parece ter sentido similar.(Atos 17:25) e foi usada pelos tradutores da Septuaginta para verter nesha-máh.
Vento – Consideremos primeiro o sentido que talvez seja mais fácil de compreender.O contexto, em muitos casos, mostra que ruahh significa “vento”, como vento “vento oriental” (~Ex.10:13), os quatros ventos(Zc.2:6),Jo 3:8 –pneuma = vento.
O homem não pode controlar o vento; não pode orientá-lo, dirigi-lo, restringi-lo ou possuí-lo.Por causa disso,”vento(ruahh),frequentemente, representa aquilo que é incontrolável ou inalcançável pelo homem.(Jô.6:26; Pv.11:29; Ecl.1:14; Is.26:18; Is. 41:29;)
OBS: ( A sigla Cf. significa: confronte, compare).
FÔLEGO = Força de vida.
O relato da criação do homem declara que Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego ( neshamah) de vida, e o homem veio a ser uma alma ( néfesh) “vivente”, (Gn.2:7).
O antigo Testamento, inspirado pelo projetista e Criador do homem, evidentemente usa ruahh para denotar esta força de vida, que é o próprio princípio da vida, e neshamáh para representar a respiração que a sustenta.
Visto que a respiração está tão inseparavelmente interligada com a v ida, neshamah e ruahh são usados em evidente paralelo, em diversos textos.
Jó expressou a sua determinação de evitar a injustiça “enquanto estiver ainda em mim todo o meu fôlego (neshamah), e o espírito (weruahh) de Deus estiver em minhas narinas”. (Jô.27:3-5) .
Eliu disse: “Se Deus pensasse apenas em si mesmo e para si recolhesse o seu espírito e o seu sopro, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria ao pó. (Jó.34:14,15) De modo similar, o salmo 104:29 diz a respeito das criaturas da terra, humanas e animais: “... “Se lhes cortam a respiração, morrem e voltam a seu pó.” Em Isaías 42:5, fala-se do Senhor como “Aquele que formou a Terra e a tudo quanto produz; que da fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela.”
A respiração (neshamah) sustenta a existência deles; o espírito (ruahh) energiza o homem e é a força de v ida que a habilita a ser uma criação animada, a mover-se, a andar e a estar ativamente vivo. (At.17:28) Não é como os ídolos sem vida, sem respiração, inanimados, de fabricação humana. (Sal.135:15, 17; Jer.10:14; 51:17; Hab.2:19). A FORÇA DE VIDA, ou espírito é Impessoal.
Conforme temos observado nas Escrituras, rúah, ou força de vida, como existentes não somente humanos, mas também nos animais. (Gn.6:17;7:15,22).
Eclesiastes 3:18-22 mostra que o homem morre do mesmo modo que os animais, porque todos eles tem o mesmo fôlego (weruah), de modo que não há nenhuma superioridade do homem sobre o animal. Obs.: Isto é quanto a força da vida de ambos. Sendo assim, é evidente que o “espírito” (rúah) nesse sentido e impessoal. Como ilustração, podemos comparar a outra força invisível, a eletricidade, que pode ser comparada ao “espírito”. Ela pode ser usada para fazer funcionar diversos tipos de maquinas – fazendo com que fogões produzam calor, ventiladores ventos, computadores solucionem problemas, televisores produzam imagens, vozes e outros sons – contudo, esta corrente elétrica nunca assume quaisquer das características das maquinas em que opera ou é ativa.
Assim. O Salmo 146:3, 4 diz que quando o homem sai do espírito (forma de rúah), ele volta ao pó, neste dia parecem todos os seus desígnios. O espírito ou força vital, que estava ativo na célula do corpo do homem, não retém quaisquer características daquelas células, tais como as células cerebrais, e o papel do espírito, ou força vital (ruah;pneuma), não fosse impessoal, estão significaria que os filhos de certas viúvas israelitas, ressucitados pelos profetas Elias e Eliseu, na realidade tiveram existência consciente em outra parte, no período em que estiveram mortos. O mesmo se teria dado também com Lázaro, que foi ressuscitado quatro dias depois de seu falecimento. (I Rs. 17:17-23: II Rs.4:32-37; Jô.11:38-44). Neste caso, seria razoável que eles se lembrassem de tal existência consciente durante aquele período e ao serem ressuscitados, teriam-na descrito. Falando sobre ela. Nada indica que qualquer um deles tenha feito isso. Portanto, a personalidade do morto não é perpetuada na força da vida, ou espírito, que para de funcionar nas células de falecido.
Eclesiastes 12:7 declara que, ao morrer, o corpo da pessoa retorna ao pó da terra, como era, e o espírito volta a Deus que o deu. Na realidade a própria pessoa nunca esteve ou estará com Deus no céu; o que retorna à Deus, portanto, e a força vital que habilitou a pessoa a viver.
A RESSURREIÇÃO E SEUS OBJETIVOS
“ Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, reinaram com ele mil anos.” (Apoc.20:06)
Jesus disse repetidas vezes que ressuscitara seus discípulos no último dia. É com muito razão que o apostolo enfoca aos coríntios que, se Cristo não ressuscitou, todos estariam definitivamente perdidos. Isto faz da ressurreição de Cristo um acontecimento da maior importância e essencial no plano de salvação. Isto garante nossa fé, pois, se verdadeiramente estivermos nele e em sua palavra, ressuscitaremos e viveremos assim como Ele venceu a morte e vive eternamente.
Porque satanás tentou desviar o Mestre de sua missão voluntária de morrer pela humanidade?
Sem derramamento de sangue, não há remissão. No sistema Levitico, era mister que animais sem mancha, inocentes, substituíssem os homens na morte e no derramamento de sangue. Este sistema, no entanto era provisório e simbólico, pois o sangue de animais não podia cancelar pecados. Apenas os transferiam para o santuário, dependendo do verdadeiro e único cordeiro que viria: Jesus Cristo. Somente sua morte daria validade a tudo que foi feito no passado e garantiria o futuro. Se Jesus não morresse e não ressuscitasse, vencendo a morte, ninguém se salvaria; nem no passado e nem no porvir (ICor. 15:16-18). Imagine que chances de salvação terão os que não se julgam dependentes do sacrifício e ressurreição de Cristo!
Que estratégia tem usado as forças diabólicas para afastar do homem a possibilidade de salvação?
Tem colocado na mente do homem a possibilidade de salvação sem depender de Jesus e de seu sacrifício. As religiões ensinam vários tipos de purificações, ou meios de se purificar: por meio de sucessivos nascimentos, a reencarnação; pela compra de indulgência e de penitencias, isolados do meio social comum, etc. ademais, dizem que missas e outros esforços dos vivos, ajudam seus mortos. Os protestantes ensinam que basta crer em Jesus e se afiliar em qualquer denominação, deixando de lado a necessidade de se andar realmente pela palavra de Deus. Defendem a contraditória imortalidade da alma, pois se o homem é imortal, não tem sentido dizer que é preciso crer em Jesus para adquirir a vida eterna. Alem disso, os imortalistas e os de tendências espíritas sempre insistem em provar que os mortos estão vivos em outra dimensão e em algum lugar, tranqüilizando e confortando os que não querem saber de conhecer as Escrituras e deixar a vida de pecado.
Qual é o salário do pecado? Como entender a existência da segunda morte?
Paulo nos diz que o salário do pecado é a morte (Rm. 6:23). Esta entrou por um homem, Adão, mas foi vencida por um outro, Cristo (Rm. 3:12-19).
Todos nós temos que passar pela primeira morte (Heb. 9:27) e estamos sujeitos a segunda, se não aceitarmos a salvação do Senhor (Apoc. 20:6,11-15).
Podemos entender a primeira como resultado físico maior do pecado (outros efeitos físicos são os problemas, enfermidades, tribulações, etc.) e a segunda como conseqüência espiritual. A morte espiritual ou segunda morte é o fim do ímpio. Os remidos não estão mais sujeitos a esta morte, pois no ato do batismo, morrem definitivamente para o pecado, ressuscitando como novas criaturas ao saírem das águas, e não entram mais em juízo. Os ímpios, portanto a terão de encarar no juízo.
Deus advertiu que se nossos pais pecassem, certamente morreriam (Gn. 2:17). Satanás lhes disse que não (Gn. 3:4). Ate hoje os homens seguem crendo numa imortalidade que não existe (salmos 8:4; ICor. 15:54; IICor. 4:11; 5:4). A única forma de alcançarmos a imortalidade é por meio de Cristo Jesus. (Jó. 3:16; 6:27,42).
Varias ressurreições ocorreram antes e depois de Cristo (IRs. 17:22-24; Heb. 11:35), todavia estes personagens viveram por algum período de tempo e morreram de novo. Porem, Jesus ressuscitou num corpo incorruptível. O novo corpo é o mesmo que jazia no sepulcro, todavia agora esta transformado, imortal e indestrutível. Já vimos que Jesus falou da ressurreição final de justos e ímpios (Jô. 5:28,29). Haverão duas ressurreições, separadas por um período de mil anos. Da primeira participarão todos os santos mortos desde o principio, e da segunda, os ímpios mortos (Apc. 20:4-6). Os justos vivos, após a ressurreição dos remidos, passarão por uma transformação, deixando a condição de humanos e assumindo a incorruptibilidade. (ICor. 15:52)
Definitivamente, os remidos serão recompensados na vinda do Messias com a ressurreição para a vida eterna (Lc. 20:36; 14:14; Salmos 17:15; ITess. 4:16; ICor. 15:22,23; Mt. 16:27; Fil. 3:11,21; II Tim. 4:8; Apoc. 20:6; 22:12. o homem é mortal e nada permanece consciente e vivo após a morte (Ecl. 9:5,6,10; Salmos 146:4).
ESTES ENSINARAM A IMORTALIDADE DA ALMA
Sócrates

Sócrates (Séc. V aC). Filósofo grego. Nasceu em Atenas em 470 aC. Começou o estudo da filosofia ainda jovem. Viajou para o Egito e consultou ali sobre a imortalidade da alma. Quando de volta para a Grécia dividiu seu conceito com Platão, seu discípulo famoso. Comparemos a doutrina atual das igrejas com o escrito platônico em seu livro Fédon:
Platão

Platão (Séc. V aC). Filósofo grego. Uma das maiores figuras da filosofia de todos os tempos. Nasceu em Atenas por volta de 428 aC. Dedicou considerável atenção sobre a imortalidade da alma e não deixou de fazer sentir sua influencia na teologia cristã. Seus escritos eram utilizados nas escolas gregas e romanas. Platão cria na preexistência e na transmigração da alma.
Públio Virgílio Marão

Mais tarde o poeta Virgilio (70-19 aC) tornou popular a teoria da imortalidade da alma em todo o mundo romano.
Tertuliano

Tertuliano, por volta do ano 195 dC, se converteu ao cristianismo, passando desde então, a servir a igreja de Catargo, como zeloso catequista. Também este fez sentir sua influencia no0 final do segundo século. Tertuliano escreveu, porquanto certas coisas são conhecidas, ainda pela natureza: a imortalidade da alma, por exemplo, é acolhida por muitos... portanto, poderei empregar a opinião de Platão quando declara: “TODA ALMA É IMORTAL”.
Orígenes

Orígenes (185-254 dC) padre da igreja oriental. Nasceu em Alexandria. Em 212 visitou a igreja de Roma, depois percorreu a Grécia e a Palestina. Depois de sua morte em 254 dC, seu escritos foram parcialmente destruídos por causa de suas opiniões incompatíveis da igreja, levado por seu alegorismo na interpretação da bíblia e pela influencia da filosofia platônica. Sua filosofia foi chamada de neoplatonismo. Por volta do ano 200, escreveu em sua obra (Pais pré-Nicenos) “As almas são imortais, como Deus mesmo é eterno e imortal”.
Tomás de Aquino

Tomás de Aquino, (1225-1274 dC). Nasceu de uma família nobre no condado de Aquino, Mestre escolástico e teólogo italiano, deixou permanente gravada no mundo “cristão” a doutrina da imortalidade da alma. Cinqüenta anos mais tarde, Dante Alighieri escreveu seu renomado poema A divina Comédia, no qual representou para as pessoas comuns, seu conceito imaginário sobre o inferno, purgatório e o paraíso, conceito que a partir de então tem chegado a ter uma ampla aceitação.
INDICE BIBLIOGRÁFICO
Bíblia de estudos Almeida (RA)
The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures.
Biblia Sagrada Padre Matos Soares
Léxico do Novo Testamento Grego-Portugues – pagina 137.
Teologia do Novo Testamento paginas 427-30, 433, 434, 442, 443.
Nova Historia da Igreja (Jean Daniélou e Henri Marrou) – paginas 142, 143, 147,193.
Comentário Exegético Ezequias – paginas 245,246.
Estudos Perspicaz das Escrituras – paginas 31-39, 94, 188, 189, 575, 576, 672, 673.
Curso de profecias bíblicas – paginas 22, 23.
Lideres Religiosos da Humanidade – paginas 1029, 1102, 1275,1321,1334.
Estudo desenvolvido pelo
Pr. Gouvêa